Conformados com o fim do antigo Jacarepaguá, pilotos
discutem a segurança e a qualidade do novo traçado.
Quando o assunto é o novo circuito do Autódromo Internacional Nelson Piquet, no Rio de Janeiro (RJ), fica difÁcil conseguir unanimidade. Para alguns, o traçado reduzido quase pela metade causou estranheza. Para outros, despertou enorme interesse. Mais do que dividir opiniões, as obras que mudaram a cara de Jacarepaguá criaram o maior desafio do ano para pilotos e equipes, que terão o primeiro contato com o novo desenho somente na tarde de quinta-feira (16), com uma sessão de treino extra para a penúltima etapa do campeonato, marcada para domingo (19), Á s 10h30, com transmissão ao vivo da Rede Globo.
O maior exemplo dos diferentes pontos de vista está no box da equipe Neosoro JF Racing, que corre em casa neste fim de semana, já que a sede do time fica em Petropolis, distante cerca de 65 km do Rio de Janeiro. O paranaense Rodrigo Sperafico, que está na disputa pelo tÁtulo, afirma que a nova pista não deixa a desejar e conta com um formato até mais interessante que o antigo, por ser mais curta e permitir provas mais movimentadas. Já seu companheiro de equipe, o goiano Ruben Fontes, achou no mÁnimo estranho quando recebeu um desenho do traçado, destacando principalmente junção entre o misto e o oval.
“Ainda não vi a pista de perto, mas parece que continua boa. O outro traçado era bem bacana, só que eu achava longo demais. Agora está mais curto, deve movimentar mais as corridas, além de oferecer curvas que a gente não tem em nenhum outro lugar. Estou ansioso para entrar e ver como ficouâ€, comenta Rodrigo Sperafico, sexto colocado na tabela de classificação, que espera se recuperar depois de ficar sem pontos na etapa anterior. “Ficamos um pouco mais distantes do lÁder, mas ainda dá para ser campeão e vou lutar até o fimâ€, revela o paranaense, que busca também sua primeira vitória na categoria.
Ruben Fontes, que tem um histórico positivo no Rio de Janeiro, está bastante animado para a corrida, mas tem dúvidas sobre as condições da pista. “A primeira curva, a entrada do oval e a volta para o misto são trechos que vão exigir demais dos pilotos. Não apenas porque são novos, mas até pelo desenho das curvas. Outra preocupação é a falta de áreas de escape adequadas, sem contar a possibilidade de chuva. Andar no molhado num circuito novo e difÁcil não vai ser muito bomâ€, comenta. Apesar das preocupações, o goiano demonstra muita confiança.
No ano passado, nas duas passagens da Stock Car pelo Rio de Janeiro, ele ficou em quinto e sexto. “Trocamos o motor depois do treino classificatório em Buenos Aires, porque ficou constatado que ele tinha grande perda de potência. Agora, estou com um motor revisado, que parece estar em ordem. Ainda não conseguimos exigir o máximo dele porque a etapa passado foi realizada sob chuva e eu abandonei cedo, mas sei que temos condições de andar na frente neste fim de semana e brigar por um pódioâ€, analisa. O lÁder do campeonato é Cacá Bueno, com 247 pontos.