Piloto aguarda volta do colega da Argentina para marcar encontro.
Envolvido no espetacular acidente que antecipou o final da etapa da Stock Car no domingo em Buenos Aires, Guto Negrão aguarda apenas o retorno de Gualter Salles ao Brasil para visitá-lo. Depois do enorme susto sofrido nos instantes finais da 10ª etapa, quando seu carro capotou diversas vezes e se desintegrou no ar aos receber um toque de Negrão na reta oposta, Salles deveria receber alta do Hospital Guernes nesta segunda-feira. Os exames a que foi submetido não constataram qualquer problema mais sério e o piloto carioca já sonha com a corrida do dia 19 de novembro no Rio de Janeiro.
“Tentei falar com ele ainda no domingo, mas não foi possÁvel porque estava sendo examinado pelos médicos. Conversei com o Thiago Camilo, que atendeu ao telefone, e em seguida com o pai dele e com o dr. Dino Altmann. Eles me tranqüilizaram e disseram que o Gualtinho estava bem. Agora, vou esperar a volta dele para fazer uma visitaâ€, explicou Negrão.
O piloto da Equipe Medley enfrentou uma prova tumultuada e terminou em 22º, mas conseguiu se manter na 7ª posição dos playoffs decisivos. Sobre o acidente, Negrão disse que foi um acontecimento normal de corrida, cuja dimensão foi amplificada pelas caracterÁsticas do circuito da capital argentina. “Ainda tenho que olhar os dados da telemetria, mas a impressão que tenho é que o pessoal que estava Á frente freou muito antes do normal. Em qualquer outra pista, as conseqüências não seriam aquelas que vimos. Em Buenos Aires, ele passou sobre um barranco que serviu como plataforma de decolagemâ€, explicou.
Negrão disse ainda que não se considerou culpado pelo acidente em nenhum momento. “Muita gente me perguntou como me sentia, mas estou lidando serenamente com a situação. Tenho certeza que o Gualtinho terá a mesma opinião depois de ver as cenas. O que senti foi uma grande preocupação com as condições fÁsicas dele. Felizmente, tudo acabou bem. Agora, espero revê-lo nos próximos dias e torcer para que esteja zerinho para a próxima provaâ€, concluiu.