Stock: Hybernon ressalta que resultado não mostra a evolução da equipe

Diferencial quebrou e impediu Hybernon de completar a prova.

BrasÁ­lia foi a oitava etapa do Campeonato Brasileiro de Stock Car V8, e marcou o final da fase de classificação para o playoff. Exatamente por este motivo a corrida atraia tanto interesse, sem mencionar que foi disputa no traçado externo do circuito Nelson Piquet, que é quase uma pista oval, e também que foi transmitida ao vivo pela TV (Rede Globo).
 
Para Hybernon Cysne (Construtora Marquise/ Newland/ Beach Park/ Capitalize Fomento/ EIT/ Aspectho/ Banco Pine/ Trana/ Construtora Carioca/ Fanor), não tinha chances de uma vaga para o playoff, a pressão era bem menor, e por isso mesmo o cearense chegou muito otimista ao Distrito Federal. Nos treinos o trabalho do novo engenheiro da equipe Luiz Renato Schaffer, que também já foi piloto, começou a aparecer.
 
Hybernon comentou que o carro estava excelente e muito rápido, tendo apenas economizado pneus para a classificação. Seu companheiro de equipe, Diogo Pachenki cravou o segundo melhor tempo dos treinos livres, e a equipe ficou muito animada. No sábado pouco antes da classificação o tempo ameaçou uma mudança, mas a chuva não veio.
 
O grande vilão para esta prova já se anunciava ser os pneus, e como o piso de BrasÁ­lia é muito abrasivo, quem pudesse encontrar um equilÁ­brio entre o arrojo e a suavidade levaria vantagem. Na Powertech foi exatamente este o problema, os pilotos souberam dosar o consumo dos pneus, mas mais uma vez os pneus novos tiveram desempenho inferior aos usados.
 
“Colocamos o pneu novo para tomada, mas ele se mostrou quase dois décimos mais lentos. Ai já viu na Stock um décimo já significa dez posições, dois décimos então…”, comentou Hybernon.
 
Na hora da corrida no domingo, a chuva que caiu durante toda madrugada havia cessado, mas o piso molhado fez com que quase todos largassem com pneus de chuva. Hybernon largou bem e vinha fazendo uma corrida conservadora, para terminar nos pontos. No entanto, a pista começou a secar rapidamente, e vários pilotos tiveram seus pneus completamente desgastados, o cearense foi um destes, e teve de fazer uma parada para troca dos mesmo.
 
“Não tinha jeito, eu já não conseguia nem contornar as curvas. O pneu de chuva trabalha muito bem com pista bem molhada, ou bem úmida, mas quando começa a secar e formar ‘trilho’, ele acaba em poucas voltas”, disse o piloto.
 
A briga na prova seguia intensa, com Chico Serra, Hoover Orsi, Ingo Hoffmann, Giuliano Losacco e Pedro Gomes andando muito próximos. Hybernon voltou logo atrás destes e passou a acompanhar o ritmo dos ponteiros por várias voltas. Ingo acabou tendo uma roda quebrada quando era segundo, e bateu forte, obrigando a entrada do safety-car. Antes da relargada porém, Hybernon recolhia seu carro aos boxes, com o diferencial partido.
 
“Foi uma pena, o carro estava ótimo. Esse resultado acaba não demonstrado a evolução pela qual a equipe vem passando, mas estamos no caminho certo”, completou Hybernon.
 
A vitória acabou ficando para o paulista Chico Serra, que não vencia desde a última etapa de 2003, quando foi campeão pela última vez.