As duas mais bem estruturadas equipes que disputam o Campeonato Brasileiro de Fórmula Truck estão apostando todas as fichas na terceira etapa, que será realizada neste domingo (21/05) em São Paulo, no Autódromo José Carlos Pace, em Interlagos, a partir das 14 horas, com transmissão ao vivo pela Band. A RM Competições entrará na pista com mais um caminhão, o quinto da equipe, pilotado por Adalberto Jardim, que deixou a Stock Car depois de 19 anos. Já a DF Motorsport fez modificações na suspensão e pode fazer a estréia dos motores biturbo no circuito paulista.
Para o piloto Renato Martins (Volkswagen), que assim como Djalma Fogaça (Ford) acumula a função de chefe de equipe, a disputa do campeonato começa em Interlagos. Nas duas primeiras etapas, Martins se dedicou Á equipe, que tem outros três pilotos, Débora Rodrigues, Beto Napolitano e Herberto Heinen. Os caminhões Volkswagen tiveram um bom desempenho nos treinos, mas na prova em Caruaru (PE) nenhum dos quatro cruzou a linha de chegada. Em Fortaleza (CE), as coisas começaram a melhorar, com Débora Rodrigues, a única mulher na categoria, alcançando o terceiro lugar.
“Os caminhões ainda estão em fase de desenvolvimento. Estamos apenas há quatro meses andando com o motor eletrÁ´nico, que ainda tem muito o que melhorar, mas já conseguimos desenvolver muito nesse curto espaço de tempoâ€, disse Martins, que venceu a prova de Interlagos em 1998.
Deixando um pouco de lado o chefe de equipe e falando como piloto, para Martins o campeonato está começando agora e ele já pensa em uma vitória na etapa que é a vitrine da categoria. “Comecei a temporada perdendo para os meus próprios parceiros de equipe. Agora as coisas se acertaram e estou com muita esperança de terminar a prova em primeiro. Sei que vencer esta etapa é difÁcil, mas vou tentarâ€, confessou Martins, que já perdeu a prova de Interlagos a 500 metros da linha de chegada, quando o combustÁvel de seu caminhão acabou.
Para Fogaça, o campeonato também começa em Interlagos. Na primeira etapa, nenhum dos três caminhões da equipe conseguiu terminar a prova. Já na segunda, em Fortaleza (CE), apesar de ter largado dos boxes, Fogaça terminou em nono lugar, enquanto Beto Monteiro, campeão da categoria em 2004, abandonou a prova na metade, quando brigava pela liderança com Pedro Muffato, que venceu a etapa. Luiz Carlos Zapellini, que pilota o outro caminhão da equipe, teve que trocar o motor antes da largada e terminou em 17º.
“ Fizemos mudanças na suspensão, na distribuição de peso, e meu caminhão se comportou muito bem. Treinamos em Londrina (PR) e é uma pena não termos tempo de fazer as mesmas modificações nos outros dois caminhões. Também testamos os motores biturbo, mas eles ainda precisam de mais desenvolvimento, por isso não sei se estrearemos estes motores em Interlagosâ€, disse Fogaça, que em 2005 fez dobradinha para a Ford, com Leandro Totti em primeiro e ele em segundo.
Para o piloto de Sorocaba, o circuito de Interlagos maltrata muito os caminhões, mas está bastante animado com as modificações em seu caminhão. “Nos outros anos vimos que os caminhões de 12 litros têm vantagem na subida, pois têm motor mais forte, mas nas freadas para as curvas, são os 9 litros que se dão bem. São muitos os favoritos para vencer a prova de Interlagos e estamos incluÁdos nessa listaâ€, disse Fogaça.