Fábrica italiana Dallara tem muitos pedidos. E, sem patrocÁnio,
brasileiro só pÁ´de confirmar sua inscrição na categoria espanhola na última hora.
Pelo menos por enquanto, o superkartista brasileiro Sérgio Jimenez terá que continuar a medir forças com seus rivais utilizando um carro inferior, até praticamente as vésperas da abertura do Campeonato Espanhol de Fórmula 3, marcada para o dia oito de abril,
“Até que eu estou indo bem, não acha?â€, comenta Jimenez, que vem utilizando um carro da classe B da F-3, versão do ano 2000. “Claro que fico preocupado com o acerto do carro, especialmente nas etapas iniciais, pois terei que correr ‘atrás do prejuÁzo’ enquanto outros rivais estarão dando seguimento ao desenvolvimento que terão feito nos treinos coletivos. Mas o mais importante, acho eu, é conhecer bem o traçado das pistas, pois eu nunca corri em nenhuma delas. Isso, com certeza, posso fazer bem com o carro da classe B. Mas, mesmo com este atraso, estou feliz com o que conseguimos até agora.â€
De fato, Jimenez tem surpreendido em sua nova fase européia. Nos dois treinos coletivos extra-oficiais realizados em Albacete (Espanha) e Estoril (Portugal), o piloto brasileiro ficou com o quarto lugar entre os participantes, a apenas 0s4 e 0s3 do lÁder, respectivamente, em cada prática. “O fato é que estamos sendo competitivos mesmo com equipamento defasado. E, por isso, eu agradeço muito Á experiência dos pessoal da equipe Racing Engineering: sei que vamos chegar Á primeira corrida brigando por bons resultadosâ€, frisa Jimenez. “Um ponto positivo é que a suspensão e os amortecedores são os mesmos, e isso está me ajudando a entender com precisão como é a reação do F-3 da classe A, apesar de estar usando um classe B. No fim das contas, o que importa é que a avaliação da equipe é que estamos indo bem. E eu acredito que eles têm razão. Se Deus quiser, teremos um grande ano nesta categoria.â€
Sérgio Jimenez esteve afastado das corridas de automóvel por duas temporadas, justamente por falta de apoio financeiro. Neste perÁodo, deu continuidade Á sua carreira no kartismo – estabelecendo padrões que hoje são parâmetro para as novas gerações da modalidade. No final de novembro, ele foi convidado a participar de uma seletiva financiada pela Repsol, multinacional espanhola da área de combustÁveis. Vencedor da seletiva, o brasileiro recebeu como prêmio uma quantia equivalente a ¼ da temporada da F-3. Mas a equipe Racing Engineering não pÁ´de confirmar sua participação até que ele conseguisse verba para pelo menos 50% das corridas. Isso só aconteceu no final de janeiro – e só então seu carro foi encomendado.
“No fim de 2003, quando eu não tinha mais patrocÁnio, decidi não ficar reclamando da vida e trabalhar duro para ser piloto profissionalâ€, diz Jimenez. “Foi o que fiz, e por isso continuei no kart. Foi graças a esta decisão que eu cheguei até aqui, que me deram esta chance – e eu vou agarrá-la como se fosse a última da minha carreira. Não será a primeira nem a última oportunidade que estarei