24 horas de Daytona: Mario Haberfeld, Adrian Fernandez e Scott Sharp lamentam abandono

A prova das 24 Horas de Daytona, etapa de abertura da temporada de 2006 da Grand-Am, acabou mais cedo neste sábado (28/01) para a equipe Lowe’s Fernandez Racing, que chegou a andar em terceiro lugar, depois de largar em sétimo, antes de sair da pista e abandonar por problemas de superaquecimento.


Os pilotos Mario Haberfeld (Lowe’s/Liofol/Grupo Orinter), Adrian Fernandez e Scott Sharp tiveram, cada um, a chance de completar uma série de voltas no circuito misto do Daytona International Speedway, antes do problema aparecer no Pontiac Riley Daytona Prototype da equipe.

 

Fernandez largou em sétimo lugar e, alguns minutos depois, ganhou duas posições. “Eu estava sendo muito cauteloso”, admitiu o mexicano. “Muitos estavam dirigindo como loucos para uma corrida de 24 horas. Estávamos sendo cuidadosos, mas ainda assim virando tempos muito bons”.

 

A estratégia de corrida da equipe era que cada piloto dirigisse por cerca de duas horas. Haberfeld entrou no carro Á s 14h02 (horário local), saiu dos boxes na 13ª posição e entregou o carro para Sharp em terceiro lugar. “O carro estava andando muito bem. Não estávamos forçando. Havia apenas muito tráfego difÁ­cil de lidar algumas vezes”, comentou.

 

O brasileiro estava otimista sobre as chances da equipe durante a noite. “Com certeza temos uma chance de ir bem Á  noite e amanhã (29/01), mas é uma longa corrida”, disse, antes dos problemas aparecerem.

 

Sharp deixou os boxes na oitava posição, Á s 15h57 (horário local), e avançou para sexto antes de sair da pista, enquanto ultrapassava um carro mais lento na sessão sinuosa do circuito misto interno de Daytona. O Pontiac da Lowe’s Fernandez sofreu fortes danos na parte dianteira. O norte-americano levou o carro para os boxes, para que a equipe fizesse os reparos. “Eu fui forçado a sair da pista na Curva 4 porque um protótipo mais lento estava por dentro”, explicou Sharp. “Com a sujeira lá, o carro simplesmente deslizou da pista para a grama, o que poderia ter sido normal, mas, infelizmente, havia muitas ondulações e buracos. Foi uma falta de sorte, tanto pegar o carro lento naquela hora e a situação de não ter uma boa grama para passar por cima”.

 

O piloto retornou para a pista cerca de meia hora depois, 25 voltas atrás do lÁ­der, e continuou virando tempos rápidos. Sharp ficou na prova até Á s 19h15 (horário local), quando deveria entregar o carro novamente para Fernandez.

 

Ao entrar nos boxes, o norte-americano reportou uma falha no motor e problemas de superaquecimento. Após tirar a cobertura do motor, a equipe decidiu levar o carro para a garagem, onde um exame posterior concluiu que a corrida havia terminado para a Lowe’s Fernandez Racing.

 

Apesar de desapontados, Mario Haberfeld e Adrian Fernandez estão animados para a temporada de 2006 da Grand-Am. “Não completamos a prova, mas saÁ­mos de Daytona confiantes”, disse Haberfeld. “O carro é bom e provamos que podemos andar na frente, apesar da equipe ser nova. Quero agradecer a todos na Lowe’s Fernandez pelo ótimo trabalho realizado e pelo esforço para nos colocar de volta na disputa, após o acidente com o Scott. Foi uma pena, mas o campeonato está apenas começando”.

 

A próxima etapa da temporada de 2006 da Grand-Am acontece no dia 4 de março, na Cidade do México, e Fernandez está confiante em um bom resultado na frente dos seus fãs. “Foi uma pena não termos terminado, mas conseguimos completar algumas voltas e aprender. O carro estava muito bom nas duas primeiras partes da corrida. Então, infelizmente, Scott teve o acidente. A equipe fez um ótimo trabalho consertando o carro e nos devolvendo para a pista”, elogiou o mexicano. “Temos que agradecer a todos na Lowe’s. Montamos tudo muito tarde e, claro, esperávamos fazer melhor do que isso. Coisas acontecem em 24 horas e, infelizmente, isso aconteceu. Todos na equipe fizeram um ótimo trabalho. Aprendemos muito e sei que vamos voltar fortes no México”, finalizou.